DESAFIOS E TENDÊNCIAS DA AUDITORIA INTERNA GOVERNAMENTAL NO COMANDO DO EXÉRCITO SOB O ENFOQUE DOS SERVIÇOS DE AVALIAÇÃO E CONSULTORIA: ADERÊNCIA AO MODELO DE CAPACIDADE DA AUDITORIA INTERNA
Abstract
Este artigo condensa a pesquisa de mestrado em administração pública que analisa os desafios da auditoria no Exército Brasileiro após a implementação do Referencial Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental (Instrução Normativa - CGU nº 3/2017). Esse referencial padronizou a auditoria segundo a Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (IPPF), refletida no Modelo de Capacidade da Auditoria Interna (IA-CM), do Instituto dos Auditores Internos (IIA). O estudo investiga a aderência da auditoria do Exército aos níveis 2 (infraestrutura) e 3 (integrado) do IA-CM. Utilizando uma abordagem mista, com pesquisa documental e levantamento por questionário, concluiu-se que a auditoria do Exército está no nível inicial (nível 1). A não conformidade com os níveis 2 e 3 é atribuída a obstáculos relacionados à estrutura remuneratória das Forças Armadas, à baixa participação dos auditores em associações profissionais e à falta de certificações em auditoria. Além disso, os procedimentos de documentação do planejamento de auditoria e a ausência de um sistema eficaz de controle de custos e avaliação de desempenho afetaram negativamente a avaliação. As recomendações enfatizam a necessidade de adaptar as práticas de auditoria ao contexto militar e promover uma evolução sustentável da capacidade de auditoria. Por fim, o estudo fornece uma base para futuras autoavaliações e validações externas, estabelecendo fundamentos para alcançar os níveis 2 e 3 do IA-CM.