Brasil por José Lins do Rêgo, as traduções hegemônicas e suas inversões
Abstract
Buscando uma visão ampla de um momento fundamental na sociologia e na literatura brasileira, realizamos uma leitura de Rego, em comparação com Freyre, deslocando a ideia tradicional de que os romancistas tiveram como base a sociologia de 30, sem que esses influenciassem a própria sociologia sendo produzida. Isto é, buscamos demonstrar como as estórias, que devem ser metafóricas, são mostradas como realidade nos ensaios de Freyre. Temos como exemplo as formas como são personificadas as fazendas, a forma como o negro é animalizado, e as transições sociais retratadas em eventos naturais ou pessoais dos personagens. Assim, Freyre funciona como ferramenta obviadora do pensamento literário de Rego, explorando metáforas cíclicas que partem do mal estar causado pela vida do menino de engenho, para desaguar na noção de perversão de uma sociedade que perde a figura patriarcal, que, como veremos, será um elemento que elimina a luta de classes na sociedade, então instaurando caos social. O direito importa aqui uma vez que as condições de vida impostas aos libertos e aos pobres foram justificadas em uma ideia de harmonia, e relacionadas a uma visão não crítica do passado.
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