O GIRO EPISTEMÓLOGICO DA HERMENÊUTICA ADMINISTRATIVA NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E O PAPEL DO JUDICIÁRIO NA GARANTIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO ADMINISTRADO: A OMISSÃO LEGISLATIVA EM MATÉRIA DE CONCURSO PÚBLICO E A REGULAÇÃO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ATRAVÉS DAS SÚMULAS VINCULANTES Nº 43 e 44
Palavras-chave:
Hermenêutica Administrativa, Direitos Fundamentais, Poder Judiciário, Concurso Público, Súmula Vinculante.Resumo
Em que pese a origem liberal e garantista da disciplina administrativa, com a ascensão dos pilares do Estado Democrático de Direito e de um constitucionalismo compromissado com a efetividade dos direitos fundamentais na ordem jurídica é que ocorre um giro epistemológico na hermenêutica administrativa brasileira, que desloca do seu eixo central, de categorias como discricionariedade e prerrogativas, para o epicentro em institutos como participação e garantias dos cidadãos, como forma de legitimação da atuação estatal. Neste tocante, o Poder Judiciário exerce papel promeniente, na adoção desta interpretação concretizadora, para garantir a tutela dos direitos fundamentais na relação administrativa. Para tanto, utiliza-se como teste dessa hipótese, a regulação realizada pelo Supremo Tribunal Federal no âmbito das súmulas vinculantes nº 43 e 44, da matéria de concurso público. Como resultado, verificou-se, que apesar do papel ativista da Corte buscou-se preservar além das garantias dos cidadãos, o espaço legítimo de atuação da Administração Pública. Conclui-se que os contributos recebidos no Direito Administrativo Brasileiro, na proteção e garantia dos direitos fundamentais, têm ocorrido precipuamente, pelo Poder Judiciário, na guarda da Constituição, o que implica na necessidade de aprimoramento do papel do Estado-Administração no século XXI, na regulamentação e aplicação dos direitos fundamentais. Para tanto, utiliza-se por metodologia a crítica dialética com apoio na doutrina pátria e estrangeira através dos principais expoentes do Direito Administrativo e Constitucional, bem como, de julgamentos do Supremo Tribunal Federal com fins de ilustração da operatividade do debate acadêmico no âmbito da referida práxis jurídica.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O(s)/A(s) autores(as) dos manuscritos submetidos concorda(m) com as regras a seguir:
1) Todos os autores e autoras participaram do trabalho, são responsáveis pelas ideias e conceitos nele emitidos e atestam sua conformidade com os princípios éticos exigidos.
2) Todos os autores e autoras concordam com a forma final do trabalho e em ceder os direitos para publicação nos canais de publicação da Escola de Direito do IDP.
3) Todos os autores e autoras informam que o manuscrito é de sua autoria e assumem a responsabilidade pelo trabalho, declarando que a obra a ser publicada não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
3.1) Em caso de submissão simultânea, além da reprovação imediata do artigo e comunicação ao(s) respectivo(s) periódico(s), a Revista Direito Público se reserva o direito de não receber novas submissões de todos os autores implicados pelo prazo de 2 (dois) anos, contado a partir da data de ciência do fato.
4) Todos os autores e autoras autoriza(m) a edição de seu trabalho e cede(m) à Escola de Direito do IDP os direitos de autor para reproduzir, editar e publicar ou veicular o citado trabalho em qualquer forma midiática, resguardada a autoria, em particular sob forma digital, em arquivo eletrônico online na Internet, bem como armazená-los em seu repositório de acordo com o desenvolvimento do processo editorial. Esta concessão não terá caráter oneroso para a Escola de Direito do IDP, não havendo remuneração sob qualquer modalidade pela utilização do referido material, tendo este o caráter de colaboração científica.