A ATUAÇÃO DAS DEFENSORIAS PÚBLICAS NA EXECUÇÃO PENAL: EM BUSCA DE UMA PRÁXIS CRIMINOLÓGICA

Autores

  • Carolina Costa Ferreira Instituto Brasiliense de Direito Público - IDP

Palavras-chave:

Política prisional, Defensorias Públicas, execução penal, direitos humanos.

Resumo

O presente artigo apresenta reflexões sobre pesquisa qualitativa realizada com 16 (dezesseis) defensores e defensoras públicos, representantes de 15 (quinze) Unidades da Federação e da Defensoria Pública da União que atuaram no Projeto “Defensoria sem Fronteiras”, em Macapá/AP, em setembro de 2018. As entrevistas semiestruturadas versaram sobre as estruturas institucionais à disposição para o atendimento de pessoas usuárias dos serviços públicos de assistência jurídica – abordando o atendimento a delegacias, a atuação na área criminal (audiências de custódia e procedimento ordinário) e execução penal. As respostas apontam expectativas e limites institucionais das Defensorias Públicas, indicando como a articulação entre um saber criminológico crítico e os pés no chão, no sistema prisional, podem constituir em um bom caminho para a indução de políticas públicas no campo do acesso à justiça penal no Brasil.

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Biografia do Autor

Carolina Costa Ferreira, Instituto Brasiliense de Direito Público - IDP

Doutora e Mestra em Direito, Estado e Constituição (UnB). Professora de Processo Penal e Criminologia do CentroUniversitário de Brasília (UniCEUB). Líder do Grupo de Pesquisa “Criminologia do Enfrentamento” (UniCEUB) e "Observatório dos Direitos Humanos (IDP). Distrito Federal (Brasil

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Publicado

2019-10-27

Como Citar

Costa Ferreira, C. (2019). A ATUAÇÃO DAS DEFENSORIAS PÚBLICAS NA EXECUÇÃO PENAL: EM BUSCA DE UMA PRÁXIS CRIMINOLÓGICA. Direito Público, 16(89). Recuperado de https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/direitopublico/article/view/3770

Edição

Seção

Dossiê Temático - Ciências Criminais na Sociedade Contemporânea