A Aplicação da Lei Maria da Penha para Mulheres Trans
Aportes da Teoria Crítica Feminista e do Método da Posicionalidade
DOI:
https://doi.org/10.11117/rdp.v20i106.7149Resumo
Este artigo analisa a aplicabilidade da Lei Maria da Penha em defesa das mulheres trans, na decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em sede de Recurso Especial julgado pelo STJ, tendo como parâmetro a abordagem teórica-metodológica feminista da posicionalidade desenvolvida por Bartlett (2020). Inicialmente, com suporte em Foucault (2021) e Butler (2022), são revisitados os estudos teóricos de gênero, identidade de gênero e sexo, a fim de identificar discursos hegemônicos que provocam a marginalização e a violência contra mulheres trans. Valendo-se das discussões em torno do transfeminismo de Nascimento (2021), analisa-se a histórica vulnerabilidade dessas mulheres na seara judicial, agravada pela invisibilidade de parcela dos movimentos identitários. Enfatiza-se a importância de um olhar crítico e desconstitutivo do discurso jurídico dominante, visando mitigar a invisibilidade dessas mulheres. A aplicação das abordagens feministas nas decisões judiciais proporciona um caminho para a inclusão de garantias às mulheres trans. Da análise do julgado proferido pelo (STJ), resta comprovada a importância de abordagens contra hegemônicas, a exemplo da perspectiva da posicionalidade, desenvolvida por Bartlett (2020), para romper com a vulnerabilidade de mulheres trans, e cumprir com a dimensão emancipatória do próprio campo do Direito.
PALAVRAS-CHAVE: Lei Maria da Penha; Mulher transexual; Abordagem teórica-metodológica feminista; Gênero; Invisibilidade.
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