DEMOCRACIA E REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE DEFESA NACIONAL

Autores/as

  • Adriano Portella de Amorim Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Centro Universitário Icesp (Brasília).

Palabras clave:

Justiça de transição, Democracia, Defesa nacional, Reforma de instituições.

Resumen

O presente artigo tem o objetivo de abordar a reforma das instituições no contexto da justiça de transição no Brasil. Embora possa passar despercebida em razão dos princípios pacifistas e não intervencionistas que regem as relações internacionais brasileiras, no plano interno e para o constitucionalismo democrático a dimensão política da função defesa nacional é complexa e abrangente, sendo merecedora de especial atenção para os cenários político e jurídico de organização, preparo e emprego dos meios militares, bem como das responsabilidades dos dirigentes políticos no Estado de Direito Democrático. A metodologia adotada é a da pesquisa bibliográfica conceitual associada a situações concretas que proporcionam o aprofundamento do debate a respeito das questões suscitadas. Em seu plano de trabalho, a presente abordagem analisa nuances da reforma da função defesa nacional a partir da redemocratização brasileira, considerando o contexto histórico da justiça de transição, com o propósito de trazer à discussão determinados avanços e incompletudes.

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Biografía del autor/a

Adriano Portella de Amorim, Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Centro Universitário Icesp (Brasília).

Doutor em Direito (UniCeub). Mestre em Direito (UniCeub). Especialista em Direito Processual Civil (UniCeub).

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Publicado

2020-12-24

Cómo citar

Amorim, A. P. de. (2020). DEMOCRACIA E REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE DEFESA NACIONAL. Direito Público, 17(95). Recuperado a partir de https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/direitopublico/article/view/2711

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