Acesso `a Justiça e Desastres

As assessorias técnicas independentes e a participação direta das pessoas atingidas em conflitos coletivos complexos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11117/rdp.v19i102.6330

Resumo

O artigo examina a atuação das assessorias técnicas independentes como um meio de viabilizar a participação direta em casos de desastres, na arena extrajudicial e judicial. Diante do sistema atual de legitimidade extraordinária ope legis, questiona-se como assegurar a participação direta, informada e efetiva de pessoas atingidas na tomada de decisões no âmbito das ações coletivas. Por meio do estudo do caso do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana/MG, ou “Caso Rio Doce”, e mediante análise documental, objetivou-se estudar como se deu o reconhecimento do direito dos atingidos à assessoria técnica, qual o seu papel e quais foram (e têm sido) os entraves encontrados para a sua atuação. O estudo descreve a atuação dos legitimados extraordinários, a construção do modelo de participação direta no caso e a sua implementação. Conclui que as assessorias técnicas possuem um papel específico, no qual independência técnica e neutralidade não se confundem. Na análise do caso, viu-se que a implementação do modelo das assessorias enfrentou grandes resistências, sendo, contudo, possível constatar a importância desse apoio interdisciplinar para mobilização e preparação das pessoas atingidas para atuar de forma efetiva e informada nos diversos espaços decisórios.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Cecília de Araujo Asperti, Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito SP). São Paulo (SP). Brasil.

Doutora e Mestre em Processo Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Professora de Processo Civil da FGV Direito SP. Advogada.

Camilo Zufelato, Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto (SP). Brasil

Doutor e Livre-Docente pela Universidade de São Paulo. Professor Associado de Processo Civil da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Advogado.

Carolina Trevilini Garcia, Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto (SP). Brasil

Mestre em Processo Civil pela Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Analista judiciária.

Downloads

Publicado

2022-09-06

Como Citar

de Araujo Asperti, M. C., Zufelato, C., & Trevilini Garcia, C. (2022). Acesso `a Justiça e Desastres: As assessorias técnicas independentes e a participação direta das pessoas atingidas em conflitos coletivos complexos. Direito Público, 19(102). https://doi.org/10.11117/rdp.v19i102.6330

Edição

Seção

Dossiê Temático "Democratização do Acesso à Justiça e as Transformações no Campo Jurídico"